DEMISSÕES VOLUNTÁRIAS BATEM RECORDE NO BRASIL COM MAIS DE 7 MI EM 2023, MOSTRA LEVANTAMENTO

16/02/2024

 

Existe uma frequência maior desse movimento entre aqueles que possuem pós-graduação completa (Por Marien Ramosda CNN*)

Desligamentos a pedido do trabalhador são mais frequentes nas faixas com pós-graduação completa e indica aquecimento do mercado de trabalho

Demissões voluntárias cresceram no Brasil e bateram recorde de 7,3 milhões de pessoas em 2023, uma fatia de 34% dos mais de 21,5 milhões de desligamentos registrados, segundo dados organizados pela LCA Consultores com base no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O montante representa alta de 7,9% ante o registrado no anterior, em uma tendência de crescimento observada durante a pandemia da Covid-19 no país.

Para especialistas, o cenário indica o aquecimento da economia após a crise sanitária e a mudança das prioridades dos profissionais, sobretudo os mais jovens, em meio a um cenário de mudanças nas relações do trabalho com a popularização do home office.

Filipe Fonoff, pesquisador da FEEx, professor de pós-graduação e consultor empresarial, explica que existem dois fatores que levam a esses indicadores: taxa de desemprego reduzida e dinamismo maior do mercado de trabalho.

Ele pontua que Santa Catarina e Mato Grosso do Sul — com mais demissões voluntárias — possuem pequenas taxas de desemprego, com 3,6% e 4%, respectivamente, conforme os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A média nacional de desemprego foi de 7,8% em 2023 — a menor em quase dez anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) publicada no fim de janeiro.

“Mas, por outro lado, quando você olha para as menores são as de Rondônia e Mato Grosso, isso quer dizer, que além do fator do pleno emprego, o cenário do trabalho brasileiro também depende da facilidade e rapidez que a população consegue ocupar outros postos de trabalho, inclusive, com melhores situações, diz Fonoff.

Santa Catarina lidera a lista proporcional, com 45,2% de todas as demissões feitas a pedido do empregado. Na sequência, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso aparecem com 43,8% e 41,7%, respectivamente.

Na ponta oposta predominam estados do Norte e Nordeste: Bahia e Pernambuco dividem a última posição do ranking, com 20,7% de demissões voluntárias registradas em 2023, enquanto Paraíba e Amapá anotaram 21,6%.

Em questão de volume, São Paulo, de longe, registra os números mais expressivos. No ano passado, 6,73 milhões de pessoas foram demitidas no estado, sendo 2,33 milhões por vontade própria, representando 34,6% do total.

Pós-graduados registram maiores índices
O levantamento aponta que existe uma frequência maior desse movimento entre os trabalhadores com pós-graduação completa. Neste universo, das 163,4 mil demissões registradas no ano passado, 76,6 mil partiram do próprio trabalhador, uma fatia de 46,9%.

A facilidade em encontrar posto de trabalho compatíveis ou melhores do emprego atual ajudam a explicar a rotatividade menor em profissionais com alto grau de capacidade técnica.

Entre os trabalhadores com doutorado, a fatia de pedidos para sair é de 40,9%, enquanto o universo de mestrados é de 42% — mesma proporção de quem possui ensino superior completo.

Áreas com menor grau de instrução, no entanto, concentram as parcelas mais baixas de demissões voluntárias.

Entre as faixas separadas pela LCA Consultores, a de trabalhadores com até o 5º ano incompleto registra a menor parcela, de 24,2% do total de demissões, enquanto aqueles com 5º ano completo fundamental possuíam uma fatia de 26%.

Jovens pedem mais demissão
Além disso, a faixa etária mais recorrente de realizar uma demissão voluntária é a dos mais jovens, entre 18 a 24 anos, com 39,5% em relação ao total de desligamento. O movimento é seguido também pelas pessoas de até 17 anos e aqueles entre 25 a 29 anos, com 36,5% cada.

Isso se explica devido à nova visão por parte dos jovens do que eles desejam para o futuro e como o trabalho se insere nos seus planos, diz Emerson Weslei Dias, autor de livro sobre finanças comportamentais e professor de pós-graduação e MBAs.

“O jovem valoriza muito mais a experiência do que a posse, já os seus pais trabalharam por muitos anos para conseguir comprar um carro, conseguir comprar uma casa”, resume.

O especialista analisa que hoje a busca por um home office, por exemplo, é um reflexo desse movimento, já que, para os jovens, a diversão é tão valorizada quanto o trabalho, um tipo de comportamento que não era observado em gerações mais antigas.

*Sob supervisão de Gabriel Bosa (Fonte: CNN Brasil)

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